Até que ponto é que o modelo de IA é bom a prever a distribuição de carraças?

Uma das melhores explicações para o aumento da atividade das carraças e para a sua expansão geográfica é o fenómeno do aumento das temperaturas, que levou a invernos mais amenos e à criação de habitats mais adequados para as carraças. Portanto, muitos tentaram modelar e prever a presença de carraças no continente europeu, pela utilização de vários modelos matemáticos sofisticados.

Investigadores de várias instituições de investigação europeias tentaram utilizar vários modelos matemáticos para avaliar a capacidade de diferentes nichos climáticos em explicar a distribuição conhecida de I. ricinus e D. reticulatus na Europa*. O estudo concluiu que o clima não é o único fator que determina a distribuição das carraças. Outros fatores, além do clima em si, como o tipo de habitat, a disponibilidade de hospedeiros e os impactos antropogénicos, podem contribuir para determinar a presença ou ausência de carraças, numa escala local ou regional.

Outro estudo tentou projetar a adequação do habitat, para as três espécies de carraças, sob condições climáticas atuais e futuras, com base na abordagem de modelo de nicho ecológico**. De acordo com os resultados do modelo, as três espécies de carraça: Ixodes ricinus, Dermacentor reticulatus e D. marginatus  beneficiarão das mudanças climáticas projetadas para a Europa.

O modelo mostra que a adequação do habitat para Ixodes ricinus, Dermacentor reticulatus e Dermacentor marginatus tende a aumentar na Europa nas condições climáticas futuras, com expansão projetada das áreas críticas em direção ao leste europeu.

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